Começa hoje (14), no Sesc Santa Rita, a Mostra Tati por Inteiro, um projeto de circulação nacional realizado pelo Departamento Nacional do Sesc em parceria com a Embaixada da França e o Institut Français. A Mostra, que já esteve presente em outros estados do País, dá início ao circuito em Pernambuco iniciando pela capital, Recife.
Durante uma semana, de hoje (14) até sexta (18), o público recifense vai ter contato com a obra de um dos maiores comediantes da história do cinema, o francês Jacques Tati. São seis longas-metragens, três curtas e um documentário, dirigido pela filha de Tati, Sophie Tatischeff.
Hoje (14), a Mostra trouxe o filme “Carrossel da Esperança” (Jour de Fête, 1949). Amanhã (15) é a vez do longa “As férias do Sr. Hulot” (Las vacances e Monsieur Hulot, 1953). Na quinta-feira (17) será exibido “Parada” (Parade, 1974) e encerrando a programação, na sexta (18), os curtas-metragens “Cuida da tua Esquerda!” (1936), “Escola dos Carteiros” (1947) e “Curso Noturno” (1967).
Todos os filmes têm classificação livre e começam às 12h30. A entrada é gratuita.
O Cineasta
Jacques Tati nasceu em 9 de outubro de 1907 em Pecq, cidade semirrural da França. Sua carreira, como ator e roteirista começou, em 1932, com a realização de uma série de curtas-metragens. Estreou como cineasta em 1947, com “Jour de Fête” que lhe rendeu o prêmio de melhor roteiro no Festival de Veneza, na Itália e o Grande Prêmio do Cinema Francês em 1950.
Fez ao todo seis longas e três curtas-metragens em mais de quarenta anos. O filme “Meu Tio” (Mon oncle) é uma sátira à mecanização e à modernidade tecnológica. Com ele, Tati recebeu o Oscar de melhor filme estrangeiro, em 1959.
Tati é considerado pela crítica especializada o mais original comediante do cinema, depois de Charles Chaplin. O cineasta se distanciou do burlesco primitivo e buscou, na observação do cotidiano, as expressões, os hábitos, manias e manifestações, que denunciavam as personalidades. Além disso, seus filmes contribuíram para a construção da crítica de costumes que, em sua obra, não deve ser lida a partir de uma relação direta com a realidade imediata, mas sim, a partir de suas escolhas, seleções e criações.