Misticismo, fantasmas, sobrevivência, sangue, morte e sombras são palavras que descrevem o sentimento expressionista. Esse é o tema da mostra “Sombras que Assombram – O Expressionismo no Cinema Alemão” apresentada pelo Cineclube Coliseu, no Sesc Casa Amarela. Em exibição estão os filmes Nosferatu, dia 22, A Última Gargalhada, dia 23, e Metropolis, no dia 24 de abril. A mostra tem entrada gratuita e a classificação etária é para maiores de 16 anos.
Os filmes dão a oportunidade de conhecer o movimento expressionista no cinema, que teve seu auge em uma Alemanha arruinada pela Primeira Guerra Mundial e se caracterizou pelo uso de imagens fantásticas e assustadoras e ao mesmo tempo pela exposição de uma sociedade imersa em um cenário desolador e extremamente mecanicista.
Passadas na década de 1920, as películas espelham bastante a nebulosidade de seu tempo: os cenários, que tendem à claustrofobia, têm pouca profundidade, são tortuosos, beiram o grotesco. A maquiagem dos atores foi concebida de maneira exagerada, sinistra, que lhes fazem parecer mortos-vivos. Seus corpos são pesados, com movimentos bruscos. Os figurinos também pesam, dificultam o movimento dos atores, dando-lhes uma aparência soturna.