A partir desta sexta-feira (11/11), entra em cartaz no Teatro Barreto Junior o espetáculo “Cárcere”, do Grupo Corpore de Dança, do Sesc Piedade. Com recorte intenso sobre o período em que o Brasil viveu a Ditadura Militar (1964), o espetáculo lança reflexão artística e política com dados históricos do país contextualizados com fatos atuais.
Sexta e sábado (11 e 12), a apresentação acontece às 20h e no domingo (13), às 19h. Os ingressos custam R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). Com 45 minutos de duração, o “Cárcere” é formado pelas bailarinas Débora Freitas, Graci Costa, Ildete Mendonça, Luara Mendonça, Milla Flor e Vitória Mendes. A dramaturgia corporal é assinada por Ivana Motta e Almir Martins e o figurino e adereços, por Maria Agrelli. A classificação é de 12 anos.
A produção começou a ser desenvolvida em 2014, ano em que houveram várias discussões a respeito dos 50 anos do Golpe Civil Militar no Brasil. Se apoiando em situações específicas da época, mas atualizando as questões para os dias atuais, o trabalho visa gerar reflexões acerca das questões de violência, liberdade e poder, observando estas relações no contexto político e social do país. “Cárcere” é também uma metáfora para abordar prisões particulares e para refletir o que fazemos diante destas situações.
Grupo Corpore de Dança – o coletivo teve seu início no ano de 2000, resultado da inquietação dos alunos de dança e do interesse do Sesc Piedade em desenvolver uma ação formativa continuada nesta linguagem artística. O Corpore dedica-se as questões da contemporaneidade, firmando-se como um espaço experimental com foco no desenvolvimento técnico de seus alunos-bailarinos, na pesquisa estética, no cultivo da ética, no trabalho com a interdisciplinaridade e no pensamento da dança.