Os Grupos Rabecado e Bando de Violas participam neste sábado (29), na Torre Malakoff, Bairro do Recife, do projeto Ciranda da Gente, que desenvolve nesta edição a temática Viola, Forró e Repente. A “grande roda cultural” é desenvolvida pelo Sesc Casa Amarela e em 2017 se concretiza em parceria com a Fundarpe. A programação é gratuita e, além das apresentações artísticas, haverá uma ação formativa, que começa a partir das 15h com um workshop do referendado violeiro Adelmo Arcoverde demonstrando as variedades sonoras das violas. Entre 17h-18h, teremos a apresentação do grupo Bando de Violas; das 18h30 às 19h30, o grupo Rabecado.
No repertório do Rabecado, tem baião, xote, carimbo, coco e samba. Criado há 17 anos por músicos experientes de Olinda e do Recife, o grupo faz um show dançante, misturando a sonoridade de instrumentos tradicionais da cultura nordestina, como a rabeca e o pífano, com bandolim, viola de dez cordas, baixo e percussão. Com isso cria-se uma atmosfera popular, marcada por improvisos, solos individuais e nuances de jazzísticas. Os pernambucanos já lançaram dois CDs e o CDV Quatrofonia. No ano passado, participaram, no Sesc Pompéia, em São Paulo, do programa Som Brasil, de Rolando Boldrin.
A outra atração do Ciranda da Gente foi formada em 2015 pelo violeiro e professor de viola de dez cordas do Conservatório Pernambucano de Música, Adelmo Arcoverde. O mestre selecionou o Bando de Violas entre seus alunos e a primeira apresentação foi no auditório Curssy de Almeida, na própria escola. O grupo fez sucesso e no mesmo ano de sua criação foi convidado a se apresentar na Semana da Música, antecedendo a apresentação do quinteto de violões da Universidade do Rio Grande do Norte. Em 2016, os músicos participaram do Sonora Brasil abrindo o show de Adelmo Arcoverde, Cácio Nobre e Raulino. O repertório é fundamentado na cultura popular, tudo fruto de mais de quarenta anos de pesquisas realizadas por Adelmo Arcoverde.
O Projeto Ciranda da Gente “têm por objetivos contemplar o universo musical da cultura tradicional de Pernambuco abrindo espaço para reunir e aproximar músicos e seus repertórios musicais para fazer a grande roda, e como na ciranda que se dão as mãos, no Ciranda da Gente queremos articular as sonoridades do forró de rabeca, do verso improvisado dos repentistas e das muitas sonoridades e estilos da viola brasileira, trazendo artistas de referência, que geralmente encontram pouco espaço midiático para propagar a sua arte”. Explicou Maria Cristina Barbosa, professora de artes do Centro de Difusão e Realizações Musicais (CDRM) do Sesc Casa Amarela.