Cerca de 3 mil pessoas são aguardadas para assistir a filmes nacionais inéditos na Mostra Sesc de Cinema (MSC) 2018, entre 5 e 30 deste mês, nas cidades de Goiana, Caruaru, Garanhuns, Arcoverde, Triunfo e Petrolina. A programação totalmente gratuita contemplará curtas e longas-metragens de gêneros variados, tais como drama, animação, documentário, ficção e temas infantis. Ao todo, serão exibidos os 34 trabalhos vencedores da mostra, que recebeu 1.061 inscritos de todo o Brasil. Duas produções são de Pernambuco: o longa-metragem Aurora 1964, de Diego Di Niglio, e o curta Fantasia de Índio, de Manuela Andrade.
A MSC é um projeto do Departamento Nacional do Sesc iniciado em 2017 que incentiva a linguagem audiovisual, proporcionando aos selecionados um contrato de exibição por dois anos nas unidades do Sesc no país. Os 34 filmes selecionados passaram por uma escolha rigorosa até chegar às salas de exibição neste mês. A primeira etapa aconteceu em seus estados, quando os trabalhos vencedores foram exibidos apenas para o público local. Depois, as películas selecionadas enfrentaram a fase nacional, no Rio de Janeiro, para ganharem as telas Brasil afora.
Em Pernambuco, 47 trabalhos foram inscritos, dos quais 22 foram selecionados para serem exibidos na etapa estadual: quatro longas e 18 curtas. Reconhecido por produções locais que já foram indicadas e premiadas em festivais internacionais, como os de Cannes, Munique e Sydney, o estado foi o único do Nordeste a ter dois filmes na etapa nacional. Um deles é o longa-metragem Aurora 1964 que passa no Brasil de 2016, um país em plena crise de sua democracia, marcado por conflitos políticos e sociais. Aurora 1964 é um exercício de memória, que constrói pontes entre épocas da história brasileira dos séculos 20 e 21. A classificação etária é de 12 anos. O outro filme escolhido foi Fantasia de Índio, de classificação livre. O roteiro narra a história da própria diretora do curta em busca de sua identidade indígena na etnia Xukuru.
“A Mostra é uma excelente oportunidade de o público conhecer o que está sendo produzido em cinema no seu estado e no país. E para o cineasta, o projeto é um importante instrumento que vem abrindo janelas no Brasil inteiro”, ressalta a coordenadora do projeto em Pernambuco, Naruna Freitas.