Em um cenário de questionamento e resistência indígena, o Sesc Pernambuco dá início a 22ª edição da Mostra Sonora Brasil no estado. O tema que abre este biênio de 2019/2020 no Nordeste, “A Música dos Povos Originários do Brasil”, tem programação gratuita e começa neste sábado (04/05), no Sesc Santo Amaro. Além de povos locais, como Kapinawã, Pankararu e Tuxá, o projeto vai trazer outros nacionais, como Mbyá-Guarani (RS), Kariri-Xocó (AL) e Karitiana (RO).
A curadoria é assinada por Sônia Guimarães, coordenadora estadual do projeto, e pelas professoras de artes da instituição, Ailma Andrade e Cristina Barbosa. Além delas, os técnicos e professores de cada unidade que irá receber a programação também participaram do processo de curadoria, como vai acontecer no Agreste e Sertão de Pernambuco. “Estamos com uma programação que se dividiu em etapas, conforme se mostraram ligações, diálogos, fazeres artísticos e experiências culturais, a partir e presente nos artistas locais e suas criações”, afirma Sônia. A Mostra Sonora Brasil é voltada para músicos, professores, pesquisadores, estudantes e demais interessados em conhecer e vivenciar a cultura indígena
Na primeira,”ReconecSons”, com articulação do grupo recifense Totem, haverá, de 4 a 11 de maio, oficinas, contação de histórias e exibição de filmes. De 12 a 16, ainda no Sesc Santo Amaro, será a vez do “ArticulaSons”. Tendo à frente Gean Ramos Pankararu, essa etapa, tem a experiência musical como foco em sua diversidade de poéticas e fazeres de indígenas e não indígenas, com apresentações, roda de conversa, demonstrações e vivências musicais. A partir do dia 17, seguindo até 22 de maio, o Sonora Brasil inicia sua “Música dos povos originários” e amplia sua presença na Região Metropolitana do Recife e vai ocupar outros espaços, aumentando a aproximação com o público.
E a partir do dia 17 até 22 de maio, o Sonora Brasil inicia junto com o público o encontro com a “Música dos povos originários” de várias regiões do Brasil e amplia sua presença na Região Metropolitana do Recife e vai ocupar outros espaços, aumentando a aproximação com o público. Durante o período, haverá programação no Centro Cultural Benfica, na Madalena, no Sesc Casa Amarela, no Sesc São Lourenço da Mata e no Cine Teatro Samuel Campelo, em Jaboatão dos Guararapes, com os grupos que estão circulando pelo projeto nacional Sonora Brasil. Nesta etapa, os espaços vão receber, em uma programação que inclui exibição de documentários, apresentações, oficinas e conversas cinco dos povos indígenas de Pernambuco, Fulni-Ô, Kapinawá, Pamkararu, Tuxá e Xukuru e os grupos nacionais Teko Guarani, do Povo Mbyá-Guarani (RS); NógGã, do Povo Kaingang (RS); Dzubucuá, do Povo Kariri-Xocó (AL); Byjyyty Osop Aky, do Povo Karitiana (RO); Wagôh Pakob, do Povo Paiter Surui (RO).
Sonora Brasil
Promovido pelo Departamento Nacional do Sesc, o projeto já alcançou 750 mil pessoas, com 6.098 concertos, de 85 grupos, em mais de 150 cidades brasileiras. Ao todo, 431 músicos já se apresentaram no circuito, que a cada biênio aborda duas temáticas diferentes e promove a circulação dos artistas por todas as regiões brasileiras. Em 2019/2020 os temas apresentados serão “Líricas Femininas – A presença da mulher na música brasileira” e “A Música dos Povos Originários do Brasil”. Até o fim de 2019, os 63 artistas dos dois temas farão 350 apresentações, em 97 cidades. O tema “Líricas Femininas” circulará pelas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste enquanto o tema “A Música dos Povos Originários do Brasil” seguirá pelas regiões Norte e Nordeste. No ano seguinte os grupos invertem as regiões fazendo com que todos circulem por todo o país.
Sesc – O Serviço Social do Comércio (Sesc) foi criado em 1946. Em Pernambuco, iniciou suas atividades em 1947. Oferece para os funcionários do comércio de bens, serviços e turismo, bem como para o público geral, a preços módicos ou gratuitamente, atividades nas áreas de educação, saúde, cultura, recreação, esporte, turismo e assistência social. Atualmente, existem 20 unidades do Sesc do Litoral ao Sertão do estado, incluindo dois hotéis, em Garanhuns e Triunfo. Essas unidades dispõem de escolas, equipamentos culturais (como teatros e galerias de arte), restaurantes, academias, quadras poliesportivas, campos de futebol, entre outros espaços e projetos.