O projeto Sonora Brasil está de volta entre os dias 8 e 13 deste mês e percorrerá quatro cidades do Agreste de Pernambuco. Caruaru é a primeira parada. Belo Jardim, Surubim e Pesqueira também serão contempladas. Nesta 22ª edição, o Sonora tem como tema “A Música dos Povos Originários do Brasil”. Concertos musicais serão realizados gratuitamente e a programação conta ainda com oficinas a preços acessíveis, que já estão com inscrições abertas.
Na capital do forró, a programação será a partir das 14h deste domingo (08/09), no teatro do Sesc, quando serão realizadas duas oficinas: “Os cantos que acalentam os encantados e os instrumentos sagrados” e “Cantos da Floresta – uma aproximação com o universo sonoro indígena brasileiro”. A partir das 20h, tem concerto musical da cantora Djuena Tikuna e o grupo Wi Ya E.
No dia seguinte, segunda-feira (09/09), é a vez da unidade de Belo Jardim. Por lá, será apenas uma oficina, das 14h às 17h: “Cantos da Floresta – uma aproximação com o universo sonoro indígena brasileiro”. A partir das 19h30, haverá show com as mesmas atrações de Caruaru. Já em Pesqueira, a apresentação acontece no dia 10/9, às 19h, no Espaço Varanda. E a oficina, no dia 11/9, às 15h30.
Para encerrar, o Sesc Ler Surubim recebe o Sonora no dia 12, às 15 e 20h, com o workshop “Os cantos que acalentam os encantados e os instrumentos sagrados” e o recital de música já citado, respectivamente.
As inscrições para as atividades são feitas no Ponto de Atendimento de cada unidade e pessoas de 15 a 60 anos podem participar. As oficinas, com exceção da que será realizada em Belo Jardim, que não são pagas, custam R$ 20 para o público geral, com desconto de 50% para os trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo, que pagam R$ 10.
Sobre as oficinas – “Os cantos que acalentam os encantados e os instrumentos sagrados” será ministrada pela cantora Djuena Tikuna e o percussionista descendente do povo Guajajara Tentehar, do Maranhão Diego Janatã. A vivência pretende levar para o público a forma de se expressar dos indígenas: o canto, o grafismo das pinturas de jenipapo e o artesanato. Os facilitadores dividirão o que aprendem rotineiramente nas comunidades, na beira do fogo, do rio, no meio da floresta, nas aldeias, além de realizar o ritual de aproximação com a “Mãe Terra” ao som de instrumentos sagrados.
“Cantos da Floresta – uma aproximação com o universo sonoro indígena brasileiro” tem como proposta fazer os participantes conhecerem alguns cantos de grupos indígenas de diversas partes do país, como Kambeba, Krenak, Paiter Surui, Ikolen-Gavião, Guarani, Yudjá e Kaingang. Esta vivência será ministrada pela arranjadora, compositora e cantora, além de pesquisadora da música de vários povos, há mais de 20 anos Magda Pucci, através de jogos, exercícios de escuta, canto e exploração de instrumentos.
Sonora Brasil – considerado o maior projeto de circulação musical do país, o Sonora tem como objetivo desenvolver programações que se comuniquem com a história da música no Brasil, permitindo assim o contato da população com a diversidade da música brasileira. O projeto já alcançou 750 mil pessoas. Desde sua criação foram realizados 6.098 concertos com 85 grupos, percorrendo 150 cidades. Nesta edição, o circuito reunirá 63 artistas dos dois temas, que farão 350 apresentações em 97 cidades. O tema “Líricas Femininas” circulará pelas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, enquanto “A Música dos Povos Originários do Brasil” seguirá pelas regiões Norte e Nordeste. Em 2020 os grupos invertem as regiões fazendo com que todos circulem por todo o país.
Texto: Dupla Comunicação