Uma das maiores e mais antigas árvores do mundo, o Baobá chega a alcançar incríveis 25 metros de altura e de sete a 11 metros de largura. Além do formato grandioso e exuberante, o Baobá é considerado a árvore da vida e um dos símbolos da luta dos negros, já que é sinônimo de resistência e força.
Para marcar a semana da consciência negra, o Coletivo Mojubá e o Sesc Pernambuco realizam o projeto “Nos pés do Baobá”, nesta quinta (21) e sábado (23), na praça do Campo Santo, em Santo Amaro, no Recife. O lugar não foi escolhido à toa. No meio da praça, localizada em frente ao cemitério de Santo Amaro, existe uma espécie da árvore, que foi replantada em 2006.
Ao redor do baobá, inúmeras atividades culturais, como contação de histórias e mesas de debate, serão promovidas para resgatar a ancestralidade por meio do contato direto com a árvore, e também destacar a importância como um ícone de afirmação da identidade cultural, histórica e religiosa do povo negro.
O primeiro dia do projeto, na quinta-feira (21), será dedicado à contação de histórias. A pedagoga e especialista em literatura infanto-juvenil, Luciana Moura, faz a leitura do livro “O Baobá que veio de lá”, que apresenta a força da ancestralidade de uma avó que conta muitas narrativas para sua neta Lulu. De mudança para uma nova cidade, Lulu encontra um lindo baobá e muitas aventuras de encantar.
O projeto ainda conta com apresentação do espetáculo “Dança para Iansã”, do Balé Afro Raízes. A exibição acontece no teatro Marco Camarotti, que fica no Sesc Santo Amaro. “Dança para Iansã” nasceu nos terreiros do candomblé, ritmada ao som de instrumentos musicais de percussão afro-brasileiro.
Já no sábado (23), segundo e último dia do projeto, acontece a formação da mesa de discussão para discutir como o baobá é ícone da identidade cultural do povo negro. Participam da discussão o mestre em antropologia, Fernando Batista, o historiador Luís Paulo Pinto e a a pesquisadora e fundadora do Movimento Negro de Pernambuco, Inaldete Pinheiro. Inaldete tem se dedicado a pesquisas sobre a herança africana em nossa formação.
PROJETO “NOS PÉS DO BAOBÁ”
Quando: dias 21 e 23 de novembro
Onde: Praça do Campo Santo, Santo Amaro e Teatro Marco Camarotti, no Sesc Santo Amaro
Evento gratuito
PROGRAMAÇÃO:
DIA 21 (Quinta-feira)
PRAÇA DO CAMPO SANTO
9h30 – Início das atividades
10h – Contação do livro “O baobá que veio de lá”, de Luciana Moura
11h às 14h – Intervalo
15h – Contação do livro “O baobá que veio de lá”, de Luciana Moura
TEATRO MARCO CAMAROTTI, SESC SANTO AMARO
20h – Espetáculo Dança para Iansã, do Balé Afro Raízes
DIA 23 (Sábado)
PRAÇA DO CAMPO SANTO
14h – Início das atividades
14h30 – Formação da mesa de discussão com o tema: O baobá como um ícone no resgate, afirmação e reafirmação da identidade cultural, histórica e religiosa do povo negro. Palestrantes: Inaldete Pinheiro, fundadora do Movimento Negro de Pernambuco; Fernando Batista, mestre em antropologia; e Luís Paulo Pinto, historiador
16h30 – Apresentação cultural com as Yabás da Xambá
17h30 – Espetáculo “Dança para Iansã”, do Balé Afro Raízes
18h – Cortejo até o Baobá e encerramento do evento