Solidariedade: idosas encontram alternativas para ajudar sem sair de casa

A pandemia provocada pelo novo Coronavírus trouxe diversos desfalques para a sociedade. A falta de itens básicos para proteção, como máscaras, é cada vez mais recorrente. Nem os profissionais da área da saúde estão isentos desse problema. Pensando nisso, grupos de idosos de diversas unidades do Sesc em Pernambuco decidiram confeccionar e doar máscaras, além de garantir uma renda extra durante a situação caótica atualmente vivenciada.

As recomendações dos órgãos de saúde pública estão sendo seguidas à risca e o Sesc suspendeu as reuniões presenciais. Como alternativa encontrada para a realização das atividades, salas virtuais foram criadas. Foi assim que as idosas do grupo Novo Horizonte, em Arcoverde, criaram o Ateliê Solidário e organizaram todo o esquema. Através de pesquisas, elas descobriram como higienizar, modelar e embalar. Apesar de mais de 200 máscaras em TNT e em tecido já terem sido entregues, o Novo Horizonte espera produzir mais de mil unidades.

Na unidade de Casa Amarela, duas idosas foram responsáveis pela doação de 65 máscaras. O destino dos equipamentos de proteção foi o Hemope, que se disponibilizou e recolheu o material sem a necessidade de quebra do isolamento. Aline, uma das costureiras, ficou grata pela possibilidade de ajudar quem mais precisa no momento. “Foi maravilhoso poder contribuir, mesmo com tão pouco, para ajudar alguém neste momento, em que o mundo precisa de solidariedade. Estou grata a Deus por me dar conhecimento e condições para colaborar  com quem necessita”, afirmou.

O sentimento de gratidão também toma de Mirciam, a outra responsável pelas máscaras. “Fico muito agradecida por ter participado dessa tarefa, foi muito gratificante para mim. Ser útil para com o próximo, faz muito bem para nós mesmo”, garantiu a idosa.

Caruaru, Surubim, Garanhuns, Piedade, São Lourenço, Araripina, Bodocó, Santo Amaro, Petrolina, Pesqueira e Belo Jardim também aderiram ao movimento. Em alguns locais, como Caruaru e Surubim, os trabalhos já começaram. Em outros, como Petrolina e Pesqueira, a falta de material tem sido o principal empecilho. Entretanto, isso não impossibilitará as confecções de serem realizadas. Em Pesqueira, uma assistente social está mobilizando doações de matéria prima.