Belo Jardim e Garanhuns são as primeiras cidades da região a receber o projeto. Programação 2023 começa com o Circuito de Oralidades, nos dias 4 e 5 de maio, respectivamente
O Arte da Palavra – Rede Sesc de Leituras inicia a programação 2023, no Agreste pernambucano, por Belo Jardim e Garanhuns. Em maio, acontecem dois circuitos: o de Oralidades, com Nathalia Leal (RJ), e o de Criação Literária, com a oficina “Catálogo de Pequenas Narrativas, ministrada por Tiago Germano (PB). Para participar desta formação, em Garanhuns, as inscrições são feitas pelo http://digital.sescpe.com.br. Para o curso de Belo Jardim, o interessado se inscreve no Sesc Ler. A taxa custa R$ 44. Os trabalhadores do comércio e dependentes, em dia com a Credencial Sesc, têm desconto e pagam R$ 22.
Em Belo Jardim, as ações acontecem na unidade do Sesc Ler. Na quinta (04), às 19h, o público assiste à apresentação de Nathália Leal, com entrada gratuita. Do dia 8 ao dia 12, também às 19h, é a vez da oficina de Tiago Germano.
Em Garanhuns, o Centro de Produção Cultural, Tecnologias e Negócios do Sesc (CPC Sesc), é o local das formações. O Circuito de Oralidades é na sexta (05), às 19h, com acesso gratuito, e o Circuito de Criação Literária vai ser do dia 15 ao dia 19, também às 19h.
A contadora de histórias Nathália Leal, indígena da nação Kariri (PE), vive em Paraty (RJ). No Circuito de Oralidades, vai apresentar a performance poética “Vê se Volta: Yetçã Beté”, que retrata a relação dela com a avó que, ao se despedir da neta, quando esta saía para algumas de suas atividades, dizia “vê se volta, fia”, e ela respondia “yetçã beté”, que significa ‘eu volto’, em Dzubukuá Kipeá, uma das línguas faladas pelo seu povo. Nathália vai apresentar áudios de arquivo pessoal, declamar e ler escritos autorais, contar histórias e finalizar com poesias.
Já o professor Tiago Germano, mestre e doutor em Escrita Criativa pela PUC-RS, com a oficina “Catalogo de Pequenas Narrativas”, pretende ler, analisar e exercitar a narrativa breve, explorando o consciente artístico dos participantes, a fim de que criar seu próprio catálogo de teorias e práticas em torno do conto e da crônica. É autor de “Contos de Catálogo de Pequenas Espécies” (Caos e Letras/21), “Crônicas de Demônios Domésticos” (Le Chien/17), e dos romances “O que Pesa no Norte” (Moinhos/22) e “A Mulher Faminta” (Moinhos/18).