O Palco Giratório, o maior projeto de artes cênicas em circulação pelo país, com curadoria do Serviço Social do Comércio (Sesc), aporta em Pernambuco trazendo ao estado 28 apresentações, entre espetáculos teatrais e de dança, 14 Pensamentos Giratórios e quatro oficinas. Até outubro, passam por aqui grupos de Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Rio Grande do Norte e Mato Grosso.
A primeira ação acontece no Recife, nesta terça (19/4), às 15h, no Sesc Santo Amaro com o Pensamento Giratório, atividade formativa aberta ao público para reflexão e discussão sobre o trabalho e pesquisa dos grupos itinerantes. Participam a Cia. 5 Cabeças, de Minas Gerais, que circula todo o Brasil com o espetáculo “Cachorros não sabem blefar”, e o grupo convidado pernambucano Magiluth. Os grupos vão conversar sobre “O Absurdo na Dramaturgia Contemporânea”. Em seguida, às 20h, o Magiluth apresenta o espetáculo “Aquilo que meu olhar guardou para você”, no Teatro Marco Camarotti, Sesc Santo Amaro. O enredo levanta reflexões sobre a cidade e possibilita à plateia um papel ativo na peça.
Na quarta-feira (20), é a vez da Cia. 5 Cabeças, ir ao palco com o espetáculo “Cachorros Não Sabem Blefar”, às 20h, no Teatro Marco Camarotti, Sesc Santo Amaro. A direção e a dramaturgia são assinadas por Byron O’Neill. A comédia dramática tem 55 minutos de duração e é uma metáfora da nossa condição de clausura e também da intolerância ao que para alguns indivíduos é diferente ou estranho. Os ingressos das peças custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).
Durante o mês, a montagem circula pelas cidades de Goiana (21), Caruaru (22), Arcoverde (24) e Triunfo (26). Nos dois últimos municípios haverá também o Pensamento Giratório, um dia antes das apresentações, que conta com a presença do grupo convidado Tropa do BalacoBaco, em Arcoverde.
Ainda no mês de abril, o Palco Giratório apresenta os espetáculos de dança A projetista (MG), Dúplice (GO) e Espécie (GO), integrando a programação da Aldeia Vale Dançar, em Petrolina, que acontece de 19 a 30 de abril, além de apresentação de “Dúplice” em Garanhuns (24/4) e Arcoverde (25).
Projeto – “Inspirado no Projeto Mambembão, realizado pelo Serviço Nacional de Teatro do Ministério da Educação e Cultura, à época, que fomentava a circulação de espetáculos das cinco regiões do Brasil, o Palco Giratório é hoje, um dos maiores projetos na categoria circulação promovendo apresentações nas linguagens do teatro, da dança e do circo, além de performances”, apresenta a Coordenadora do Palco Giratório em Pernambuco, Rita Marize Farias.
O palco passará este ano por 145 cidades brasileiras. Ao todo, serão realizadas 728 apresentações artísticas e 1.325 horas de oficinas teatrais. Consolidado do cenário cultural brasileiro, o projeto contribui para uma política de descentralização e difusão das produções cênicas no país. Em 19 anos de existência, foram 7.696 apresentações com 253 grupos de teatro, circo e dança — em instalações do Sesc, praças e outros espaços urbanos.