Com a temática Viola, Forró e Repente, o projeto Ciranda da Gente apresenta ao público a dupla de repentista formada por Santinha Maurício (PE) e Maria da Soledade (PB), além do rabequeiro Luiz Paixão com seu grupo de forró de rabeca. A programação é gratuita e vai ser realizada das 19h às 21h desta quinta-feira (29/6). A roda do Ciranda da Gente vai ser formada no hall do Centro de Artes e Comunicação (CAC) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no Recife.
As repentistas Santinha Maurício e Maria da Soledade são representantes da arte da cantoria. Cantando as modalidades do repente e tocando a viola dinâmica, elas estão conquistando espaço em um universo musical predominantemente masculino. Santinha Maurício é representante do movimento das mulheres violeiras que se articulam entre Pernambuco e Paraíba. Maria da Soledade como cordelista, violeira e repentista já participou de diversos festivais brasileiros, recebeu diversos prêmios que comprovam seu talento na arte da cantoria e da viola dinâmica. Ela também é uma artista engajada, ativista do Movimento de Mulheres do Brejo, de Alagoa Grande, Paraíba.
A outra atração é o mestre rabequeiro Luiz Paixão. Ele vem do município de Aliança, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, mais precisamente do Engenho Palmeira. De lá brotam homens que transformam suas ásperas e difíceis vidas em poesia. Sobrinho e neto de ilustres músicos da região, Luiz iniciou seu aprendizado aos 8 anos, tendo como principal professor o avó Manoel Alves, que o ensinou as escalas e os movimentos. Seu estilo único, o graduou como um dos mais importantes rabequeiros do Brasil. Tonando-se mestres para vários músicos locais e internacionais, como Siba, Maciel Salu, Renata Rosa e Nicolas Krassic.
“Com o Projeto Ciranda da Gente conseguimos dar espaço a artistas de referência, que geralmente encontram pouco espaço midiático para propagar sua arte. Por isso nosso foco é dar espaço ao universo da cultura tradicional de Pernambuco, abrindo espaço para reunir e aproximar músicos e seus repertórios musicais para fazer a grande roda”, explicou a professora de Artes do Centro de Difusão e Realizações Musicais (CDRM) do Sesc Casa Amarela, Maria Cristina Barbosa.