O espetáculo de dança contemporânea “Mundo ao Redor”, da coreógrafa Adriana Carneiro, sobe ao palco do Teatro Geraldo Barros, no Sesc em Arcoverde, dias 20 e 21 de novembro, às 20 horas. Em turnê regional, através do Edital do Funcultura Independente, a apresentação solo de Adriana Carneiro traz imagens do cotidiano recifense como mote para trabalhar a aceitação do corpo como parte integrante de um sistema que abriga pessoas, corpos e coisas.
A apresentação é construída com fusão de linguagens que envolvem fluxos de movimentos, palavras, projeção e interação de imagens. Adriana Carneiro, idealizadora, intérprete e coreógrafa do espetáculo, trabalha em um tom intimista as expressões corporais. “Nós trabalhamos imagens do dia a dia, em Recife, como inspiração para pensar o corpo transeunte, o corpo a corpo, o corpo sistema, o sistema que agrega corpos e se move em uma constante leva, às vezes circular, às vezes linear e, assim, cria a dança do indivíduo”, explica ela.
O solo “Mundo ao Redor” já circulou por várias regiões do Brasil. O solo é realizado com áudio descrição, para pessoas com deficiência visual, e produzido pela Alves Produções. Em 2015, já fez temporadas em Surubim, Goiana, Tocantins e Goiás.
Mundo ao Redor – Foi idealizado em 2011 com base na Teoria de Unwelt – palavra alemã que significa ambiente. A Teoria indica que a mente e o mundo são inseparáveis, é a mente que interpreta o mundo, segundo o biocemioticista Jacob Von Uexkül. “A partir desta perspectiva, observando o corpo ligado a este raciocínio, denominei-o corpo pensante, também criador do seu próprio Umwelt. Subjetivamente, este Umwelt é também uma parte do Recife, é uma parte do criador intérprete e de todos em sua volta, mas pode ser em qualquer outro lugar no mundo e também, a partir da relação em que o homem faz da sua própria consciência e percepções diversas, advindas do seu próprio entorno”, explica Adriana Carneiro.
Adriana Carneiro – Pernambucana formada na Áustria, pelo Konservatorium Wien Privatuniversität. De 1999 a 2006, trabalhou no Tanztheater LUZ em Viena, do qual foi criadora. Lá, participou de outras produções como Strassenkinder, Schale & Kern e Der Weg auf dem Weg. Entre 2008 e 2009 estrelou o solo Estação, apresentado no 14º Festival Internacional de Dança do Recife, Festival de Dança e Teatro Janeiro de Grandes Espetáculos. Em 2009, produziu o vídeo dança Degrais, exibido no Seminário Interseções Corpo e Olhar, no Centro de Arte e Comunicação da UFPE, no Cinema da Fundação Joaquim Nabuco, na PlayRec, no Cine Teatro Apolo e no Festival de Inverno de Garanhuns.