Após o anúncio do novo pacote de ajustes anunciado pelo Governo Federal, na segunda-feira (14), o Sistema Fecomércio-PE avaliou os cortes nos orçamentos do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e do Serviço Social do Comércio (Sesc) no Estado. Caso a medida anunciada seja aprovada no Congresso, as metas das entidades para 2016 estão ameaçadas.
Só o Sesc tinha previsto 39.138.477 atendimentos para o ano que vem, sendo 3.875.456 em educação, 4.554.809 em saúde, 3.262.137 em cultura, 2.852.440 em lazer e 24.593.635 em assistência. De matrículas, a entidade tinha como meta 135.055 novas matrículas. Já a meta do Senac para 2016 era atender 7390 alunos no Programa Senac de Gratuidade (PSG). Com o corte, mais de 2 mil alunos serão prejudicados, com a redução da meta para 5000 matrículas.
Presente em 100 municípios pernambucanos, o Sesc investe, há mais de 65 anos, na qualidade de vida do comerciário e dos seus dependentes, por meio das suas 21 unidades fixas e 6 unidades móveis. Já o Senac, conta, no Estado, com 17 unidades operativas com 195 ambientes pedagógicos e 12 unidades móveis, oferecendo cursos de qualidade em áreas como gastronomia, moda, turismo, comunicação, gestão, beleza e saúde, em 158 municípios.
O portfólio do Senac, em Pernambuco, conta com 640 cursos, sendo 5 de graduação, 12 de pós-graduação, 22 de extensão, 37 técnicos, 454 cursos livres e 110 de educação a distância. “Estamos falando em reduzir nossos serviços essenciais, que são prestados com qualidade aos comerciários, seus dependentes e à população em geral. Reduzir recursos do Sistema S é a mesma coisa que reduzir o acesso à educação profissionalizante, à cultura, às práticas desportivas, de lazer, de saúde e de assistência social”, afirma o presidente do Sesc e do Senac, Josias Albuquerque.
Hoje, o Sesc e o Senac têm 3271 servidores trabalhando nas unidades das entidades em todo o Estado. Com o corte, esses colaboradores também estão ameaçados de perder o emprego na mesma proporção da redução da nossa receita. “Fazendo as contas, implicaria no afastamento de 981 pessoas”, explicou Josias.
Historicamente, o Senac e o Sesc vêm suprindo deficiências graves da gestão pública, lembrando que as entidades são instituições privadas, sem fins lucrativos e administradas pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE) e que atuam em prol do interesse público, visando à valorização do trabalhador do comércio e sua família.
As obras previstas e em andamento do Senac e do Sesc também estão ameaçadas com o corte. Do Senac, estão previstas uma nova unidade de educação profissional em Jaboatão dos Guararapes, o Edifício San Diego, no Centro do Recife, o novo prédio da Faculdade Senac Pernambuco, a reforma e ampliação da unidade de educação profissional de Garanhuns, a nova unidade de Serra Talhada, a unidade de Igarassu e a reforma e ampliação da unidade de Hotelaria e Turismo do Senac Recife, totalizando R$ 108 milhões em investimentos.
Do Sesc, estão previstas e em andamento as seguintes obras: o Centro de Produção Cultural de Garanhuns, o Centro de Turismo e Lazer Sesc Sirinhaém, a Quadra Poliesportiva do Sesc Ler Buíque, a Quadra Poliesportiva do Sesc Ler Bodocó, o Sesc Ler Serra Talhada, a construção de bloco escolar no Sesc Caruaru, a construção de bloco escolar no Sesc Arcoverde, a reforma e ampliação do Sesc Ler Surubim, Sesc Ler São Lourenço da Mata e Sesc Santo Amaro, a reforma e ampliação do restaurante Sesc RioMar, a reforma do Sesc Casa Amarela e a reforma do Sesc Arcoverde, totalizando R$ 143 milhões em investimentos.