Para ampliar e qualificar a ação do projeto nas Mostras em Arcoverde e Recife, ampliando o acesso a vários públicos, fortalecendo a atuação do projeto nas cidades em questão e junto aos parceiros envolvidos, as Mostras agregam grupos próximos ao seu local de atuação, criando pontes e redes de intercâmbio e valorizando uma parte da grande, diversa e importante produção musical ligada ao Coco em Pernambuco.

Sambada das Mestras


Título provisório para identificar a junção original para participar da Mostra Sonora Brasil 2017, das principais representantes hoje do Coco de Roda em Olinda. O grupo está acompanhado pelas também coquistas, pesquisadoras, cantoras e produtoras Andreza Karla, Isa Christina e Marcela Souza.


Dona Glorinha do Coco

Dona Glorinha do Coco


Maria da Glória Braz de Almeida, ou Dona Glorinha do Coco, mestra de coco e viúva de pescador, tem 81 anos de idade e herdou de seus antepassados o gosto pelo coco de roda, principalmente aquele que se cantava, e se canta ainda hoje, na beira da praia. Neta de Joana, uma escrava fugida de um engenho em Catende/PE no século XIX, e filha de Maria Belém, mulher fundamental para a história do carnaval de Olinda, Dona Glorinha é atualmente a mestra mais velha do Amaro Branco, memória viva da comunidade, guarda histórias singulares acerca dos antigos coquistas da Vila dos Pescadores, onde reside desde que nasceu.

Dando continuidade ao legado deixado por sua mãe, uma das fundadoras do Acorda Povo, folguedo que já contabiliza mais de 60 anos, Dona Glorinha organiza durante o dia de São João, uma sambada animada e freqüentada por todos os moradores do bairro e adjacências, promovendo lazer cultural para aqueles que buscam programação alternativa e descentralizada durante as festas juninas.

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Aurinha do Coco

Aurinha do Coco


Áurea da Conceição de Assis Souza, nascida em Olinda e criada dentro do ambiente coquista da sua cidade, começou cantando em corais. Ela fez parte do coral São Pedro Mártir e, depois, do Madrigal do Recife, ambos regidos pelos maestros José Beltão e Otoniel Mendes.

Tendo sido parceira de D. Selma do Coco por vinte anos, Aurinha vem difundindo cada vez mais esse ritmo da cultura pernambucana, participando de inúmeros eventos dentro de Pernambuco, assim como outros estados brasileiros. Faz parte da carreira musical de Aurinha do Coco apresentações no sexto PercPan em Salvador- BA, participando do projeto musical evocação a Pernambuco, a convite de Nana Vasconcelos, Festival de Inverno de Garanhuns, Triunfo, projeto Pernambuco em concertos na sua terceira edição, carnavais de Olinda e Recife. Com um grupo formado principalmente por jovens ainda anônimos no circuito musical, vem assumindo um compromisso de despertar a musicalidade e ensinar através de oficinas a todos aqueles que têm interesse em aprender um pouco desse ritmo.

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Ana Lúcia

Ana Lúcia


Ana Lúcia Nunes da Silva desde três anos, sob orientação da falecida mestra de coco, Dona Jovelina iniciou sua vivência de coquista. A partir dos dezesseis, começou a cantar coco nas festas do Acorda Povo, da comunidade do Amaro Branco, em Olinda (tradicional procissão sanjoanesca que recria folcloricamente o batismo de Jesus Cristo por São João Batista), que há pelo menos vinte anos está sob sua responsabilidade.

Com mais de 50 dedicados a Cultura Popular, mais especificamente ao Coco de Roda e Pastoril, que comanda com muita garra na sua comunidade do Amaro Branco em Olinda e procura levar por toda parte. Muito envolvida com a cultura, já dividiu a cantoria com grandes mestres da arte de cantar e tocar coco, como Dona Jovelina, Dona Maria Belém, Dona Neuza, Zé Aruá, Benedito Grande e Severino Nunes, entre outros, todos falecidos. Dedicou-se durante anos também ao grupo Coco do Amaro Branco, onde teve oportunidade de participar de vários Festivais e Festas, como o Festival Brasília de Cultura Popular, Encontro de Coco Pernambucano, São Sambas na Concha Acústica da UFPE, entrevistas para a Rádio Camará com o Mestre Zé Negão ( Laia Laboratório) e entrevista sobre o Coco de Roda na Rádio Amparo com o Mestre Ferrugem.

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Dona Cila do Coco

Dona Cila do Coco


Cecília Maria de Oliveira, começou a cantar cocos há mais de 30 anos, em sambadas que aconteciam e acontecem em Olinda, cidade onde nasceu. Desde então a artista vem se apresentando em festivais. Dona de um estilo próprio e inconfundível, com um exelente senso de improvisação, Cila do coco esbanja vitalidade nos palcos, com sua voz agudíssima e, da mesma forma, afinada. Graças a essa força na interpretação, a coquista foi convidada a gravar um disco inteiro com a banda belga Think of One. Cila também particpou da turnê de lançamento do cd, cantando com os garotos na Bélgica, Espanha, Croácia e Japão e retornando por mais dois anos consecutivos para repetir nesses países, o sucesso da primeira turnê. Em 2000 participou de projetos de cultura popular, entre eles a Ciranda de Rítmos, no Recife e a Sexta da Véia, na Colônia dos Pescadores, Cantina Z4, em Olinda. Em 2001 Cila ganhou um prêmio especial do Concurso Talentos da Maturidade, do Banco Real, por meio de pout-pourri com as músicas Coco do Pneu, Medalha Dourada e Cavalheiro Rode a Dama.

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Mestre Galo Preto

Mestre Galo Preto


Mestre Galo Preto é cantador, coquista, repentista e embolador, musico e compositor e percussionista. Nascido em 1935, no município de Bom Conselho de Papa Caças, no hoje reconhecido quilombo de Santa Izabel- Pernambuco, é o último remanescente e representante da tradição do coco (dança e ritmo) daquela região. Ainda criança foi apadrinhado pelo escritor Ascenso Ferreira, que admirado pelos seus pregões cantados e rimados, reconheceu o talento, a inteligência e a criatividade do menino pobre que vendia batatas na rua para ajudar no sustento da família. Atualmente, reside na cidade de Paulista e com seu pandeiro continua difundindo a poética e melodia do coco e da embolada. Em dezembro de 2011, o Mestre Galo Preto recebeu o título de Patrimônio Vivo do Estado de Pernambuco.

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Mestre Zé Negão

Mestre Zé Negão


Mestre Zé Negão nasceu em Goiana, município da Zona da Mata Norte pernambucana no ano de 1950, e passou toda sua infância e adolescência trabalhando como cortador de cana nas usinas açucareiras da região. A forte efervescência cultural do município o levou a participar desde cedo das festas de coco, cavalo marinho e de escolas de samba da cidade. Ali, o mestre foi adquirindo respeito e admiração pela cultura popular, tornando-se um brincante. Ainda jovem mudou-se para Camaragibe, onde constituiu família e foi um dos fundadores da comunidade João Paulo II, local onde reside até hoje. Militante e ativista político, há dez anos deu início ao Projeto Negão, que já formou grupos, ministrou oficinas e palestras e realizou eventos na comunidade.

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O Bongar

Bongar


Bongar é composto por seis jovens integrantes do terreiro Xambá do Quilombo do Portão do Gelo, em Olinda. O grupo foi fundado em 2001, com o propósito de levar aos palcos a tradicional festa do Coco da Xambá, que se realiza na comunidade há mais de 40 anos, no dia 29 de junho. O grupo Bongar tem um trabalho voltado para preservação e divulgação da cultura pernambucana.

A formação musical dos integrantes tem origem no universo popular, especificamente da comunidade religiosa Xambá. O Bongar mostra em suas apresentações toda a musicalidade do Coco da Xambá, uma vertente desse ritmo tão presente no Nordeste do Brasil.

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