Apresentações
O concerto de abertura terá a presença de Badi Assad, Nathália Fragoso e Patrícia Bizzotto fazendo ressoar a rede de mostras de Música do Sesc. Um repertório especialmente montado para a Mostra do grupo Mawaca e a apresentação dos oito grupos criadores deste ano.
09/10 - 19h | Nathália Fragoso (MG) e Laptop (UFPE)
Local: Teatro Rui Limeira Rosal
11/10 - 19h | Grupos Criadores de PE
Quarteto Encore (Recife) e Camila Yasmine (Petrolina)
Local: Teatro Rui Limeira Rosal
12/10 - 19h | Grupos Criadores de PE
Sam Silva e Valfrido Santiago (Goiana) e Patrícia Solis (Recife)
Local: Teatro Rui Limeira Rosal
13/10 - 19h | Grupos Criadores de PE
Lucas Oliveira (Recife) e Ágda Moura (Santa Cruz do Capibaribe)
Local: Teatro Rui Limeira Rosal
14/10 - 19h | Grupos Criadores de PE
Thayse Luck (Caruaru) e Arcanflô (Recife)
Local: Teatro Rui Limeira Rosal
Apresentações Especiais
Música
09/10 - 21h | Badi Assad
Badi Assad completou 25 anos de uma carreira que conquistou o cenário internacional. Badi busca romper o lugar comum, experimentar e se reinventar. Cantora, compositora e violonista virtuosa, cria e explora os sons, seja modificando formas tradicionais no uso dos instrumentos, inovando no violão ou pelos diversos efeitos vocais.
Atualmente, Badi vem dividindo-se entre os compromissos no Brasil e no exterior, entre shows e workshops, participando ainda de iniciativas humanitárias relacionadas a música, como o projeto internacional Saffron Caravan, The Genesis World Music. No Brasil, está apresentando o show especial #badi25anos, seu último disco Singular e Cantos de Casa, seu projeto para crianças. Atua na direção musical e como personagem central (uma pedra ametista) do Cortejo das Vidas Preciosas – Ópera das Pedras, projeto social de arte-educação anual na periferia de São Paulo. É colunista musical da revista TOP Magazine e, ao lado da família, inspirou a criação do Festival Assad, em sua cidade natal São João da Boa Vista (SP).
Badi lançou no final de 2016 seu 14º álbum, Singular (com o nome Hatched nos EUA e Europa), onde mais uma vez se reinventa. O novo disco traz músicas autorais, parcerias (Sérgio Assad, Daved Levitan e Zélia Duncan) e releituras que atribuem roupagem brasileira à músicas do pop alternativo internacional, selecionadas de jovens artistas como Lorde, Alt-J, Mumford & Sons, Hozier e Skrillex. Como é característico em seu trabalho, Badi coloca sua assinatura musical nas canções.
Em 25 anos de carreira, sua discografia soma discos lançados pelo mundo e muitos deles premiados, como Wonderland, considerado pela BBC (Londres) como um dos 100 melhores álbuns do ano e ficou em 27º no ranking da Amazon mundial. Amor e Outras Manias Crônicas, primeiro trabalho independente e totalmente autoral, conquistou o prêmio de Melhor Compositora de 2012 pela APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte), dele, a canção ‘Pega no Coco’ ganhou o 1º lugar no prestigiado ‘USA International Songwriting Competition’. Cantos da Casa, álbum de estreia direcionado para as crianças, ganhou o 'Troféu Cata-Vento' (da Fundação Padre Anchieta) como melhor disco infantil do ano. Badi Assad circula com seu trabalho pelo mundo e já foi considerada como uma das mais significativas e expressivas violonistas mulheres desta geração (Rolling Stones).
Além de uma cantora com estilo único, pertence a uma família de compositores brasileiros talentosos de sua geração, irmã dos violonistas do Duo Assad. Badi foi também eleita uma das melhores violonistas do planeta pela revista americana Guitar Player. Trabalhou com artistas como Bob McFerrin, Yo-Yo-Ma, Sarah McLaughlin, Seu Jorge, Elba Ramalho, Naná Vasconcelos, Barbatuques e Toquinho entre tantos outros. Se apresentou em alguns dos mais prestigiados festivais internacionais como “Montreal Jazz Festival”/Canadá, “North Sea Jazz Festival”/Holanda e teatros como L’Opera de Paris, Metropolitan Museum/New York, Palais de Beaux- Art/Bruxellas, The Greek Theater/ Los Angeles, Sala São Paulo e Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Uma carreira tão rica, aqui citamos apenas alguns acontecimentos. A cantora foi convidada para compor a trilha Sonora, e tocá-la ao vivo, do filme mudo Chinês “The Goddess”, no Merkin Hall (NY/2014). Representou o Brasil no “FarmAid” e “Lilith Fair”/EUA, na IV Cúpula do BRICS (Nova Delhi) e teve sua música “Waves” na trilha musical do filme “It runs in the family”. Foi protagonista da ópera contemporânea ‘ópera das pedras’, dirigida por Denise Milan e o Norte-Americano Lee Breuer (Mabou Mines). Participou de uma apresentação especial ao lado do Balé Teatro Castro Alves, de Salvador (BA), interpretando um de seus principais discos da carreira, "Verde”. O espetáculo faz junção das linguagens da dança, teatro e música da cantora, Badi e o BTCA chegaram com ele na consagrada Bienal de Dança em Veneza, como únicos representantes brasileiros.
10/10 - 19h | Nama Pariret - Mawaca
Jogando luzes sobre um repertório cantado por minorias, as cantoras do Mawaca se despem da instrumentação poderosa que sempre as acompanhou e se debruçam sobre pérolas vocais a cappella de diversos lugares, mostrando as demandas das mulheres em tempos remotos e atuais. As cantoras do Mawaca dessa vez se apresentam acompanhadas por Gabriel Levy no acordeom e na kalimba.
Reunindo canções transmitidas pela tradição oral em arranjos que dialogam com a contemporaneidade, cinco cantoras do Mawaca – que também tocam percussões diversas – nos conduzem por tradições indígenas e temas que apresentam sonoridades mestiças, africanas e latino-americanas, resultado de extensa pesquisa realizada pela arranjadora e diretora musical do grupo Magda Pucci. São temas ancestrais que possibilitam a pesquisa de sonoridades vocais múltiplas, explorando timbres vocais, criando estéticas sonoras únicas.
Diversos cantos das cajeras do semiárido argentino assim como a clássica Mercedita; melodias indígenas como Koi Txangaré dos Paiter Suruí e canto de iniciação dos Kayapó; cantos das camponesas búlgaras que muito inspiraram o Mawaca nos primórdios; o lamento haitiano Mayi a Gaye; os cantos ciganos Na Khelav e Rumelaj, a melodia da região de Occitane Tant Deman; o canto sul-africano Thula Thula, a cantiga de ninar em suaíli Allunde, Alluya; o sonoro protesto das tabaqueiras sul-italianas (Fimmene) em conexão com as destaladeiras de fumo de Arapiraca; La Liebre - sevillana do sul da Espanha entre outras preciosidades musicais.
As cantoras se acompanham de diversos tipos de percussão como frame drums mediterrâneos, gongos, cajón, objetos caseiros, castanholas, tamburellos e outros. Gabriel Levy dá suporte instrumental com o acordeom e a kalimba, instrumento de origem africana. Um show intimista com muitas sutilezas que dá voz às diversas mulheres do mundo.
Ficha técnica
Vozes e percussão: Cris Miguel, Magda Pucci, Rita Braga, Zuzu Leiva , Valéria Zeidan
Acordeom e kalimba: Gabriel Levy
Concepção, arranjos e direção musical: Magda Pucci
Produção: Amanda L. Moraes (Ethos Produtora de Arte e Cultura).
14/10 - 20h30 | Encontro de Bandas de Pìfanos
- Banda Dois Irmãos
- Banda Zé do Estado
- Banda de Pífanos de Panelas
Dança
09/10 - 20h30 | Hortensia - Daniela Amoroso
Um estado de consciência e de ação. Hortensia, sendo dança nascida de fatos vividos, de pressões e opressões, traz símbolos, signos, gestos dançados no corpo que é protagonista de si mesmo. Hortensia é condição, de mulher, de corpo, de feminilidade e de resistência. Da boquinha na garrafa à bailarina de caixinha de música, ela assim como tantas outras mulheres, é colocada em lugares prontos, pré-estabelecidos e controlados pela ética da mulher servil criada e regulamentada por homens. Hortensia não morre de machismo, ela o engole, mastiga e o expulsa em liquido, leite, gozo, lagrimas. O nome da obra auto-etnográfica de dança é inspirado na flor Hortensia Celestina (Hortensia azul) e vem do latim significando jardim, que para a dançarina traz o sentido do cultivo/equilibrio, do semear/ação e da transformação.
Ficha técnica
Criação e concepção: Daniela Amoroso
Figurino: Daniela Amoroso e Denny Neves
Trilha: Gabriel e Daniela Amoroso
Musicas: de Tom Zé
14/10 - 17h | Roda de Escuta Radiofônica: Ciranda das Mulheres - por dentro e por fora da IX Mostra de Música Leão do Norte, com Janete EL Haouli (PR) e Júlio de Paula (SP)
Durante o percurso do evento, os autores irão circular, escutar e gravar vozes, paisagens sonoras, discursos. Oficinas e shows em diferentes locais da mostra e da cidade, compilando materiais que serão o fio condutor para a criação de uma peça radiofônica, a Ciranda das Mulheres.