Biografias

Ana Carolina Murgel

Doutora em História Cultural pelo Departamento de História/Unicamp. Possui graduação em História pela Universidade Estadual de Campinas (1989), mestrado em História pela Universidade Estadual de Campinas (2005) e Doutorado em História Cultural pela Universidade Estadual de Campinas. Foi violonista e cantora, dedicando-se, desde a sua formação, à pesquisa e divulgação da Música Popular Brasileira É idealizadora e mantenedora do site MPBNet (http://www.mpbnet.com.br), tendo trabalhado, de 1995 a 2004, na RNP ? Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (http://www.rnp.br), Organização Social responsável pela conexão com a internet da Rede Acadêmica Federal, Instituições Federais de Pesquisa e Centros Técnicos, ligados ao MEC e ao MCT. Em parceria com a Profa. Dra. Margareth Rago organizou o livro Paisagens e Tramas: o gênero entre a História e a Arte pela Intermeios (2013). Publicou um artigo em livro e diversos outros artigos em periódicos especializados e trabalhos em anais de eventos. Atua nas áreas de História Cultural, com ênfase em gênero e subjetividade, História do Brasil IV, História Contemporânea, Teoria da História e História da Música Popular Brasileira. Trabalhou como Especialista em História no projeto de EAD Redefor, parceria entre a Unicamp e a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. Foi coordenadora do GT de Estudos de Gênero na ANPUH/SP (2012-2014). Realizou o pós doutorado em História Cultural no IFCH/Unicamp, com a pesquisa "Cartografias da Canção Feminina: Compositoras brasileiras no século XX" com bolsa FAPESP PD-BR e supervisão da Profa. Dra. Margareth Rago. http://www.compositoras.mpbnet.com.br


Marcela Bertelli

Marcela BertelliAntropóloga pela UFMG, estudou música e dança na Fundação Clóvis Salgado (MG). Pesquisadora na área de música, atua em documentação, registro e produção de conteúdos, mobilização comunitária. Membro do grupo Ilumiara, que alia pesquisa, composição e interpretação de repertórios musicais constituídos a partir da tradição oral, da criação espontânea e do cotidiano das expressões populares. Coordena os projetos de publicação de partituras de compositores brasileiros como Antônio Madureira/PE, Tavinho Moura/MG e Heraldo do Monte/PE. É editora da revista Manzuá, do Mosaico Sertão Veredas – Peruaçu, Minas Gerais.


Letícia Bertelli

Letícia BertelliLetícia Bertelli é mestre em musicologia pela ECA-USP sob orientação de Ivan Vilela. É bacharel em canto pela UEMG e pós-graduada em canto – música antiga, pela Staatliche Hochschule für Musik Trossingen – Alemanha. Cantora, dedica-se ao estudo da música histórica, com ênfase para a música barroca e repertórios de tradição oral. É membro do grupo Ilumiara e do Coral Lírico de Minas Gerais. Colabora ainda em projetos de ensino de música, festivais e produção de conteúdos como discos e edição de partituras.


Anastácia Rodrigues

Anastácia RodriguesCantora e compositora/Música negra brasileira. Natural de Recife, a mezzosoprano Anastácia Rodrigues, iniciou seus estudos musicais em corais: S. Pedro Mártir, Madrigal Reflexus, Madrigal Marlos Nobre e Contracantos. Foi solista convidada pela Banda Sinfônica do Recife sob regência de Nenéu Liberalquino (2008 e 2013). Lançou o CD de Cânticos Afro intitulado Suíte Afro Recifense. Integrou o grupo de música renascentista Allegretto do Conservatório Pernambucano de Música. Atualmente, alia a formação em Letras e Especialização em Linguística, desenvolvendo trabalhos de pesquisa vocal e cênica, em ações performáticas e é Professora de Canto da Escola Lalu de Teatro Musical.


Inaicyra Falcão

Inaicyra FalcãoInaicyra é cantora lírica, professora doutora, livre-docente e pesquisadora das tradições africano-brasileiras, na educação e nas artes performáticas. Graduada em Dança pela Universidade Federal da Bahia, com mestrado em Artes Teatrais pela Universidade de Ibadan na Nigéria, doutora em Educação pela USP e livre docente na área de Práticas Interpretativas pela Universidade Estadual de Campinas. A técnica e o aperfeiçoamento vocal de Inaicyra foram adquiridos por meio de cursos sobre a arte lírica com professores como Suzel Cabral, Neide Thomaz, Glédis Spiere, Indira Menezes e a maestrina Vera Olivero. Participou do coral da Universidade de Ibadan com o maestro Oyesiku e a sua primeira apresentação solo foi no Departamento de Artes Teatrais na Opereta Royal Jester de Smyth Cooper no papel da princesa, em 1986. Enquanto, que o primeiro primeiro recital foi realizado pela ABAL-Associação Brasileira “Carlos Gomes” de Artistas Líricos, no Centro de Ciências, Letras e Artes de Campinas, em 1992. Nessa época, acredita que devido a sua vivência com a tradição dos cantos negro spiritual e os cantos da tradição dos orixás, inspirou-se em uma forma de comunicação, a transcendência na interpretação dos poemas míticos yoruba os orikis. No dia 31 de março de 2000 o resultado desse estudo foi concretizado com o CD Okan Awa: Cânticos da Tradição Yorubá em homenagem ao centenário de Maria Bibiana do Espirito Santo, Mãe Senhora, uma das iyalorixás do Terreiro do Axé Opô Afonjá, no Teatro Castro Alves. As adaptações foram realizadas por Inaicyra Falcão, Beto Pelegrino e Paulo Adache. Inaicyra considera que Okan Awa tem contribuído e inspirado outros profissionais no aprofundamento da reflexão do trabalho do artista cênico, orgânico e plural, o qual ancora-se na dinâmica de uma cultura tradicional e contemporânea, recriando uma memória, uma identidade”. Ao longo de sua trajetória tem participado de atividades artísticas, congressos nacionais e internacionais. Em outubro de 2014 lançou no teatro do Icba , em Salvador, o concerto Inaicyra em 3 Tempos, no qual interpretava além das composições do cd Okan Awa, Negro Spiritual e Música Erudita Brasileira inspirada em lendas indígenas e afro-brasileiras. Este show integrou em novembro a programação da semana da Consciência Negra do Espaço Xisto Bahia e em dezembro foi convidada para realizar abertura do festival A cena Tá Preta Ano V, festival de arte negra promovido pelo Bando de Teatro Olodum. Em 2015 lançou o concerto Mães Ancestrais, no repertório somente músicas do cd Okan Awa, realizou apresentações no Espaço Cultural da Barroquinha e Teatro Sesc-Senac Pelourinho. Já em 2016 estreou o concerto Memórias onde adaptou músicas do cancioneiro brasileiro ao canto lírico, celebrou seus 30 anos de canto lírico através do projeto Encontro Etnolírico-Destino SP contemplado no edital de mobilidade artística e cultural da SECULT-BAHIA.


Juçara Marçal

Juçara MarçalCantora do grupo Metá Metá. Também já integrou os grupos Vésper Vocal e A Barca. Lançou em 2014 o disco solo ENCARNADO, com músicas de Kiko Dinucci, Rodrigo Campos, Tom Zé, entre outros compositores. O disco ganhou o Prêmio APCA – Melhor Álbum de 2014, Prêmio Governador do Estado – Melhor Álbum – Voto do Júri, e Prêmio Multishow de Música Compartilhada, entre outros. Em 2015, lançou ANGANGA, em parceria com Cadu Tenório, músico e experimentador carioca. Este ano, fez com Rodrigo Campos, Nuno Ramos e Gui Amabis, o disco Sambas do Absurdo, inspirado no livro de Albert Camus, Mito de Sísifo. Juçara formou-se em Jornalismo pela ECA-USP e em Letras na FFLCH-USP. Defendeu dissertação de Mestrado em Literatura Brasileira, em 2000, a respeito do memorialista mineiro Pedro Nava. Foi professora de canto do Curso Superior de Teatro da Anhembi-Morumbi de 2001 a 2015, e do Curso de Pós-Graduação sobre a Canção Brasileira, da Faculdade Santa Marcelina, em São Paulo, de 2010 a 2016.


Maria Helena Sampaio

Maria Helena SampaioEducadora Popular há 30 anos . Sua vida cotidiana perpassa por vários espaços entre suas várias atribuições como Mulher, Mãe, Filha, Avó, Iyá Kekerê , Iyálorixá , Griot, Mestra da Cultura Popular, Conselheira da Igualdade Racial, Ativista Política no combate aos preconceitos e intolerância religiosa e tantos outros desdobramentos de sua trajetória. Seu cotidiano engloba todas as faces existentes na mesma mulher. Em 2004 fundou seu próprio grupo cultural o Afoxé Oyá Alaxé atual Afoxé Oyá Tokolê Owo gravando o primeiro CD em 2005 (“Cantos e Encantos”) e o segundo em, 2008 (Afoxé Oyá Alaxé: ação afirmativa do povo do axé”). Participou da gravação do CD “Auto Estima” do compositor baiano Juraci Tavares. Na sua voz a música “Quilombo Axé”, de autoria de Zumbi Bahia, está sendo trilha sonora na Webserie “Ribeira Essencial”, produzida pelo Instituto Socioambiental (ISA). Teve o reconhecimento da Caixa Econômica Federal como a mais bela voz Nagô em 2009 e sua sua voz em uma toada pra Exú foi trilha sonora do comercial no Mês da Cansiência Negra, durante os anos de 2009, 2010 e 2011. Continuando sua trajetória, passou por diversos espaços e grupos culturais emprestando sua voz e seus conhecimentos para o fortalecimento da cultura popular pernambucana. Passou pelo Maracatu Estrela Brilhante do Recife e n corrente ano (2017) foi convidada como intérprete das toadas de Terreiro da Tradição Nagô no 2º CD do referido Maracatu. No canto e na percussão ganhou o mundo no ano 2000.

Participou ainda do Afoxé Oxum Pandá e Ilê de Egbá e de grupos como Cumadre Fulôzinha, Coral Voz Nagô com o saudoso Naná Vasconcelos, entre outros, como as bandas: Oju Obá, As três Marias, Comadre Florzinha, além de acompanhar artistas como Seu Zé Neguinho e Dona Aurinha nos seus respectivos grupos de coco e ter participação em coletâneas de cantores memoráveis como Luiz Gonzaga e Reginaldo Rossi. Recentemente dividiu o Palco da Terça Negra com a cantora e atriz Mariene de Castro. Em 2013 foi reconhecida pelo Ministério da Cultura como Mestra da Cultura Popular.

Cantora, percussionista, bailarina e educadora popular repassando seus conhecimentos através de cursos e oficinas ao longo de sua trajetória. Seja através do repasse dos ensinamentos sagrados no contexto ritual, ao ensino das tradições populares as quais abraçou como profissão enquanto educadora popular. Dentre os registros de sua trajetória ressaltamos: As atividades de percussão na ONG Coletivo Refazendo ministrando aulas para pessoas com deficiência durante quatro anos levando em consideração a música como agente de transformação e inclusão social. Criadora de um novo estilo de dança afro-brasileira, o qual fora tema da monografia de conclusão do curso em Dança na Universidade Federal de Pernambuco, “TELESSE A’JÔ NAGÔ OGBON OBIRIN – Sabedoria da Mulher”, defendida em 2015 por sua filha biológica, Helaynne Sampaio. Na monografia a autora resgata o processo de criação realizado por Maria Helena Sampaio da dança Nagô, ou A’Jô Nagô, implementado desde 2004 no Afoxé Oyá Alaxé (atual Afoxé Oyá Tokolê Owó). Entre 2006 e 2007 foi coordenadora geral do projeto AFOXÉ: O Poder da Palavra Negra, contemplado no edital da 1ª Capital Brasileira da Cultura – Olinda, sendo responsável por oficinas de cidadania, percussão e dança afro para jovens. Enquanto ativista política e social no combate aos preconceitos e intolerância religiosa, participou de várias atividades entre as quais destacamos: Em 2005 o Seminário Preparatório para a I Conferência Municipal de Políticas Culturais da cidade de Olinda/PE.

Em 2006 o V Seminário Nacional Religiões Afro-Brasileiras e Saúde, realizado em João Pessoa/PB. Em 2007 como convidada na II Conferência de Políticas Para as Mulheres do Estado de Pernambuco, e também do VI Seminário Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde, realizado no Ceará. Caminhada do povo de terreiro que acontece anualmente no mês de novembro. Caminhada do dia internacional da mulher. Como Conselheira de igualdade racial representando o movimento de Mulheres Negras, participou da criação do 1º Plano Estadual de Promoção da Igualdade Racial de Pernambuco . Fundou a Rede de Mulheres de Terreiro do Estado de Pernambuco que atualmente encontra-se no seu 12º ano. Em 2015 representou o Ilê Obá Aganjú Okolóya na cidade de Salvador, recebendo pelo terreiro o Prêmio Patrimônio Cultural dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana – 2014, promovido pelo IPHAN. Por mais de duas décadas tem contribuído com participação efetiva no Projeto Terça Negra, evento artístico e cultural de valorização da cultura afrodescendente realizado no Pátio de São Pedro e no ano de 2009 foi homenageada com o Troféu Terça Negra como reconhecimento de sua contribuição. Reconhecida como militante histórica pelo Movimento Negro Unificado MNU/PE participou ativamente durante os 36 anos de atividade desta instituição.


Sonia Guimarães

Especiallista em Etnomusicologia, Arte-Educadora, Musicista, compositora e Coordenadora de Música do Sesc PE.


Badi Assad

Badi AssadBadi Assad completou 25 anos de uma carreira que conquistou o cenário internacional. Badi busca romper o lugar comum, experimentar e se reinventar. Cantora, compositora e violonista virtuosa, cria e explora os sons, seja modificando formas tradicionais no uso dos instrumentos, inovando no violão ou pelos diversos efeitos vocais.

Atualmente, Badi vem dividindo-se entre os compromissos no Brasil e no exterior, entre shows e workshops, participando ainda de iniciativas humanitárias relacionadas a música, como o projeto internacional Saffron Caravan, The Genesis World Music. No Brasil, está apresentando o show especial #badi25anos, seu último disco Singular e Cantos de Casa, seu projeto para crianças. Atua na direção musical e como personagem central (uma pedra ametista) do Cortejo das Vidas Preciosas – Ópera das Pedras, projeto social de arte-educação anual na periferia de São Paulo. É colunista musical da revista TOP Magazine e, ao lado da família, inspirou a criação do Festival Assad, em sua cidade natal São João da Boa Vista (SP).

Badi lançou no final de 2016 seu 14º álbum, Singular (com o nome Hatched nos EUA e Europa), onde mais uma vez se reinventa. O novo disco traz músicas autorais, parcerias (Sérgio Assad, Daved Levitan e Zélia Duncan) e releituras que atribuem roupagem brasileira à músicas do pop alternativo internacional, selecionadas de jovens artistas como Lorde, Alt-J, Mumford & Sons, Hozier e Skrillex. Como é característico em seu trabalho, Badi coloca sua assinatura musical nas canções.

Em 25 anos de carreira, sua discografia soma discos lançados pelo mundo e muitos deles premiados, como Wonderland, considerado pela BBC (Londres) como um dos 100 melhores álbuns do ano e ficou em 27º no ranking da Amazon mundial. Amor e Outras Manias Crônicas, primeiro trabalho independente e totalmente autoral, conquistou o prêmio de Melhor Compositora de 2012 pela APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte), dele, a canção ‘Pega no Coco’ ganhou o 1º lugar no prestigiado ‘USA International Songwriting Competition’. Cantos da Casa, álbum de estreia direcionado para as crianças, ganhou o 'Troféu Cata-Vento' (da Fundação Padre Anchieta) como melhor disco infantil do ano. Badi Assad circula com seu trabalho pelo mundo e já foi considerada como uma das mais significativas e expressivas violonistas mulheres desta geração (Rolling Stones).

Além de uma cantora com estilo único, pertence a uma família de compositores brasileiros talentosos de sua geração, irmã dos violonistas do Duo Assad. Badi foi também eleita uma das melhores violonistas do planeta pela revista americana Guitar Player. Trabalhou com artistas como Bob McFerrin, Yo-Yo-Ma, Sarah McLaughlin, Seu Jorge, Elba Ramalho, Naná Vasconcelos, Barbatuques e Toquinho entre tantos outros. Se apresentou em alguns dos mais prestigiados festivais internacionais como “Montreal Jazz Festival”/Canadá, “North Sea Jazz Festival”/Holanda e teatros como L’Opera de Paris, Metropolitan Museum/New York, Palais de Beaux- Art/Bruxellas, The Greek Theater/ Los Angeles, Sala São Paulo e Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Uma carreira tão rica, aqui citamos apenas alguns acontecimentos. A cantora foi convidada para compor a trilha Sonora, e tocá-la ao vivo, do filme mudo Chinês “The Goddess”, no Merkin Hall (NY/2014). Representou o Brasil no “FarmAid” e “Lilith Fair”/EUA, na IV Cúpula do BRICS (Nova Delhi) e teve sua música “Waves” na trilha musical do filme “It runs in the family”. Foi protagonista da ópera contemporânea ‘ópera das pedras’, dirigida por Denise Milan e o Norte-Americano Lee Breuer (Mabou Mines). Participou de uma apresentação especial ao lado do Balé Teatro Castro Alves, de Salvador (BA), interpretando um de seus principais discos da carreira, "Verde”. O espetáculo faz junção das linguagens da dança, teatro e música da cantora, Badi e o BTCA chegaram com ele na consagrada Bienal de Dança em Veneza, como únicos representantes brasileiros.


Na Ozzetti

Na OzzettiPena Branca e Xavantinho, Arnaldo Antunes, Orquestra Jazz Sinfônica de SP, Orquestra de Câmara do Theatro São Pedro (RS) , Orquestra Sinfônica do Paraná, entre outros, participações em diversos discos, trilhas para cinema, ballet, etc.

“Com tantos anos de música vivida, uma artista como Ná chegou àquele estágio quando tudo se faz num grau de refinamento sutilíssimo que, ao mesmo tempo, é o da maior simplicidade. Ar e espírito. Um traduzido no outro, a cada sílaba, e cada sílaba conquistando o corpo do que diz. Numa boa parte do disco, cabe a ela sustentar praticamente sozinha as canções, enquanto uma outra música acontece ao seu redor, comentando, de dentro e de fora, a medula do canto” , escreveu Arthur Nestrovski.

“O canto de Ná é bem mais que um timbre de voz inconfundível, que o pleno domínio dos recursos musicais e que a tradução de sentimentos internos. Bem além dessas qualidades - suficientes para consagrar uma grande cantora - o canto de Ná se pauta pela interpretação radical: aquela que decifra os conteúdos virtuais inscritos na composição e revela-os numa forma surpreendente para o público e até para o próprio autor.” (Luiz Tatit)

“Ná Ozzetti encarna epifania da música” (Mário Sérgio Conti)

“Ná Ozzetti é a musa da nova geração sampa midnight. A partir disso, é completamente normal que alguns dos principais expoentes dessa turma passassem pra dar um beijo salvador em seu novo álbum “Embalar” onde ela confirma (mais uma vez e sempre) ser dona de um registro vocal único aliado a um repertório ímpar dentro da historia da música brasileira.” DJ Zé Pedro

DISCOGRAFIA SOLO


  • NÁ OZZETTI – 1988 – gravadora Continental
  • NÁ – 1994 – Ná Records
  • LOVE LEE RITA – 1996 – gravadora Dabliú
  • ESTOPIM – 1999 – Ná Records
  • SHOW – 2001 – Som Livre
  • PIANO E VOZ – ANDRÉ MEHMARI E NÁ OZZETTI – 2005 – MCD
  • DVD PIANO E VOZ – ANDRÉ MEHMARI E NÁ OZZETTI – 2006 – MCD
  • BALANGANDÃS – 2009 – Ná Records / MCD
  • MEU QUINTAL – 2011 – Ná Records / Borandá
  • EMBALAR – 2013 – Ná Records / Circus
  • NÁ E ZÉ – Ná Ozzetti e Zé Miguel Wisnik - 2015 – Circus
  • THIAGO FRANÇA – Passo Torto e Ná Ozzetti – 2015 – YB

PRÊMIOS


  • Prêmio Sharp – 1988 – “cantora revelação” – disco NÁ OZZETTI
  • Prêmio Sharp – 1994 – “melhor disco” e “melhor arranjador” (Dante Ozzetti) - cat. Pop rock – disco NÁ
  • Festival da Música Brasileira – Rede Globo de TV – 2000 – “melhor intérprete”
  • Prêmio Bravo! Prime – 2009 – “melhor disco de música popular” – BALANGANDÃS
  • Prêmio Governador do Estado de SP – 2013 - EMBALAR

Tetê Espíndola

Tetê EspíndolaA cantora, compositora e instrumentista, ícone da MPB, ao longo de 40 anos de carreira ganhou inúmeros prêmios por parte da crítica com um trabalho voltado para a experimentação e recriação do universo ecológico brasileiro.


Regina Machado

Regina MachadoCantora, compositora e instrumentista, graduou-se em Música Popular pela Universidade Estadual de Campinas [UNICAMP], onde atua desde 2002 como docente de Canto Popular e Canto na Música Popular Brasileira, disciplina na qual aplica sua metodologia de análise do comportamento vocal. Atuando como cantora desde 1982, e em carreira solo desde 1986, apresentou-se em vários teatros da cidade de São Paulo [Teatro Hall, Crowne Plaza, Sesc – Consolação, Pompéia, Ipiranga, Vila Mariana – Centro Cultural São Paulo, Teatro Promom etc]. Gravou trilhas sonoras, entre elas o tema do filme O Baiano Fantasma, de Denoy de Oliveira, premiado no Festival de Gramado, cantou no Teatro de Arena Eugênio Kusnet em projeto escrito e idealizado por Fauzi Arap, foi vocalista de Tom Zé, idealizou e produziu, juntamente com Silvia Ferreira, o projeto “Os Caminhos da Canção Brasileira” apresentado no Teatro Hall e que contou com as participações de José Miguel Wisnik, Mônica Salmaso, Tom Zé e Rita Ribeiro entre outros. Inaugurou em 1997 sua escola, Canto do Brasil Atividade e Ensino Musical, voltada para o ensino do canto popular baseado na sonoridade da voz na canção brasileira. Lançou em maio de 2000, pela Dabliú Discos, seu primeiro cd solo, Sobre a Paixão, que contou com arranjos e produção de Mario Manga, reunindo um repertório que encontra na canção, popular e erudita, a sonoridade, o lirismo e uma nova estética para a canção romântica.


Djuena Tikuna

Djuena TikunaCantora indígena, acadêmica de jornalismo e militante do movimento indígena.

Iniciou suas atividades através de apresentações na extinta feira Pukaà, evento realizado no período de 2006 a 2008, aonde os artistas indígenas vendiam seus artesanatos e faziam suas apresentações culturais nano centro historico de Manaus. Djuena se destaca como sendo a primeira cantora Tikuna a interpretar o Hino Nacional Brasileiro na sua língua materna em 2009. No mesmo ano, Djuena Tikuna acompanhada do grupo Magüta, é a atração no Congresso de Acadêmicos, Profissionais e Pesquisadores Indígenas que aconteceu em Brasília. A cantora tem participado ativamente das atividades politico- culturais do movimento indígena, por isso, tem se apresentado em eventos de grande relevância, em diversos estados, como Brasilia, Mato Grosso, Maranhão, São Paulo, entre outros. Inclusive, firmando parcerias musicais com os artistas indígenas de outras etnias. Em 2012 Djuena participa da RIO+20, evento realizado na cidade do Rio de Janeiro. A cantora faz a abertura do evento cantando o hino nacional e se apresenta com o seu grupo em outros locais da cidade, como parte da programação cultural do evento. Em 2013, grava uma música e clip com o cantor japonês Yusuke, que veio conhecer o trabalho da Djuena no Amazonas. Em seguida, Djuena Tikuna representa o estado do Amazonas no Festival FEMUCIC, realizado na cidade de Maringá –PR. Em 2015 fez abertura dos Jogos mundiais Indígenas em Palmas-TO, cantando hino nacional em língua Tikuna, e no dia 3 de maio de 2016, participou na passagem da tocha olímpica em Brasília. Djuena tambem cantou no evento de abertura dos jogos mundiais olímpicos – RIO 2016, na cidade do Rio de Janeiro. No mesmo ano a artista Tikuna canta na ALDEIA SP – Bienal de Semana Indígena e em diversos eventos ligados a causa indígena, como o Acampamento Terra Livre. Em 2017, Djuena se apresenta no SESC SOROCOBA, em evento alusivo a temática indígena. Djuena participa da campanha Demarcação Já, promovida pela APIB – Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, em parceria com o Greenpeace, entre outras instituições, em defesa da demarcação dos territórios indígenas. Como parte da campanha, Djuena Tikuna participou de um clip canção, cantando ao lado de 23 nomes da MPB, entre os quais Maria Betânia e Gilberto Gil. No último dia 23 de agosto, Djuena Tikuna fez historia com o lançamento do seu primeiro CD, intitulado, Tchautchiuane (minha aldeia), sendo a primeira indígena a realizar um evento como protagonista no palco do Teatro Amazonas, em Manaus, com lotação máxima da casa, sendo pelo menos 50% de indígenas que nunca haviam entrado no Teatro.


Magda Pucci / Mawaca

Magda PucciMagda Pucci é musicista (arranjadora, compositora e intérprete) além de pesquisadora da música de vários povos há mais de 20 anos. Dirige e produz o MAWACA, desde sua formação, grupo que recria músicas de diferentes tradições do mundo tendo já realizado turnês na Espanha, Alemanha, China, Portugal, Bolívia e Grécia e França. Produziu seis CDs e quatro DVDs do Mawaca além de CDs de outros artistas.

É formada em Regência pela ECA-USP. Estudou música popular no Espaço Musical e jazz na Manhattan School of Music em Nova York, além de ter participado de várias oficinas com mestres de diversos lugares do mundo como Madhup Mudgal, Raka Chakravarti, Purnima Rai e Ratnabali Adhikari (música indiana), Tamie Kitahara (música japonesa), Mamour Ba, Toumani Kouyaté, Kofi J.S. Gbolonyo (música e cultura africana), Né Ladeiras (música portuguesa), Sami Bordokan (música árabe), Ahmet Lüleci e grupo e Leonardo Jezensky (música turca), Alessandra Belloni (cantos do sul da Itália); Katherine (cantos gregos), Paulo Dias (música afro-brasileira) entre outros. Durante a turnê do grupo Mawaca à Amazônia, Magda vem realizando intercâmbios com grupos indígenas como Huni-Kuin (AC), Paiter Suruí (RO), Comunidade Bayaroá (AM) entre outros.

Em 2009, conquistou seu mestrado em Antropologia pela PUC-SP tendo apresentado projeto sobre a Arte Oral Paiter Suruí de Rondônia sob orientação das Dras. Carmen Junqueira e Betty Mindlin. Em 2012, iniciou seu Doutorado em Musicologia pela Universidade de Amsterdam na Holanda e prossegue seu PhD em Performance and Creative Arts pela Universidade de Leiden.

Na área de trilhas sonoras, Magda fez parte de vários projetos tais como a peça “Fragmentos Troianos” no CPT com Antunes Filho; o espetáculo “Os Lusíadas” (Iacov Hillel e Márcio Aurélio); do monólogo “Quixote” com Carlos Moreno (Fabio Namatame); “Quixote Caboclo” (Cia. da Tribo). Além do teatro, Magda tem composto para projetos na área multimídia, trilhas de vídeo e espetáculos de dança.

Regeu a Banda Sinfônica de Barcelona peça de sua autoria comissionada pelo Festival de Música Experimental de Barcelona LEM. Foi premiada no Percussive Arts Society do Brasil. Foi apresentadora e comentarista da Tenda Raiz do Rock in Rio III para a DIRECTV e produtora e apresentadora, durante 13 anos, do programa de música ‘Planeta Som’ na USP-FM retransmitido pela rádio SBF4 MULTIKULTI na Alemanha e na Suécia. Colaborou para o programa de rádio norueguês Jungeltelegrafen.

Magda Pucci publicou diversos livros de educação musical e para crianças tais como: “Outras terras, outros sons” (Callis Editora), guia paradidático para professores de educação musical; “De todos os cantos do mundo” (Cia. das Letrinhas) e “Contos Musicais” (Ed. Leya) em parceria com Heloisa Prieto; “A Floresta Canta” (Ed. Peirópolis); “A Grande Pedra” pela Editora Saraiva, em parceria com Berenice de Almeida. No prelo, prepara “Cantos da Floresta”, livro paradidático sobre músicas indígenas brasileiras (Natura/Peirópolis).

Foi diretora musical da Orquestra Mediterrânea, junto a Carlinhos Antunes e Lívio Tragtemberg, projeto que envolveu 21 músicos de países mediterrâneos produzido pelo SESC que gerou um DVD e um CD. Desenvolveu alguns projetos no Terceiro Setor como a implantação do canto no grupo 'Meninos do Morumbi', o grupo de refugiados no SESC Carmo e a produção musical dos CDs e mostras culturais da Ação Comunitária Brasil além de ter participado de várias oficinas para professores Paiter Suruí em Rondônia com Betty Mindlin e a linguista Ana Suely Arruda (UNB). Foi professora da UAM - Universidade Anhembi Morumbi – nas disciplinas Música Brasileira e Produção Musical. Tem ministrado cursos e oficinas de músicas do mundo e cultura indígena desde 2000, em diversas instituições tais como Unicamp, Itaú Cultural, Escola Canto do Brasil, FLADEM, ABRAORFF, Teca Oficina de Música, FACCAMP entre outras. Como parte de seu Doutorado na Holanda, ministrou aulas na Universidade de Amsterdam, no Conservatório de Amsterdam, na Universidade de Leiden e na Universidade de Istambul. É também pesquisadora convidada do grupo Vox Mundi da UNICAMP dirigido pela cantora Regina Machado. Fez a direção musical do projeto Música Indígena no Palco em Dourados, MS.


Marlui Miranda

Marlui MirandaCantora de musica indigena desde 1979, atualmente faz doutorado em Etnomusicologia na USP.


Janete El Haouli

Janete El HaouliMusicista, produtora cultural e pesquisadora com ênfase em rádio como mídia experimental, em voz musical estendida, ecologia sonora e paisagem sonora. Possui bacharelado em Música (piano), Mestrado em Ciências da Comunicação e Doutorado em Artes, ambos pela Universidade de São Paulo (USP). Pós-doutorado pela Escola de Musica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Professora na Universidade Estadual de Londrina (UEL), Departamento de Música e Teatro (1981-2011). Criou e coordenou o programa radiofônico 'Música Nova : rádio para ouvidos pensantes' (1991-2005) pela Radio UEL FM e o 'Núcleo de Música Contemporânea' da UEL (1993-2008). Foi diretora da Rádio Educativa UEL FM (2001-2005), da Casa de Cultura da UEL (2007-2010) e do Setor de Informação e Comunicação do Centro Cultural São Paulo (2012). Em 2013, criou e atualmente coordena o espaço TOCA: arte ação criação na cidade de Londrina, através do qual segue promovendo e organizando atividades pedagógicas, de criação e de pesquisas na área da experimentação vocal, da arte radiofônica, da criação com paisagens sonoras e da ecologia sonora. Seus trabalhos tem sido apresentados em eventos no Brasil e no Exterior. Em 2014 recebeu prêmio internacional no Concurso de Produções Radiofônicas da 10ª. Bienal Internacional de Rádio do Mexico. Integra o Collectif Environnement Sonore (France- Suisse) e o Grupo Ars Acustica International.


Cátia de França

Cantora, compositora, instrumentista e escritora. Com influências que vão de Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro a Beatles e Elvis Presley, é uma das grandes representantes da música popular nordestina e compôs canções de destaque como “Coito das Araras”, “Dança das Lanças”, “Kukukaya – O jogo da Bruxa”, “Vinte palavras ao redor do Sol” e “Antoninha, Me Leva” (poema de Manoel de Barros musicado). Suas músicas integraram diversas trilhas sonoras de teatro e cinema, como o filme “Paraíba Mulher Macho” de Tizuca Yamasaki. Ao longo de cinco décadas de trabalho, gravou sete álbuns com participações de Lulu Santos, Chico César, Xangai Clementina de Jesus, Sivuca e Dominguinhos. Atualmente, divulga seu último trabalho, "Hóspede da Natureza", lançado em 2016.


Ceumar

CeumarCeumar é cantautora , mineira de Itanhandu. Cresceu entre montanhas, na Serra da Mantiqueira. De familia musical ( o pai era cantor na região)aprendeu muito ouvindo rádio com a mãe e aos 15 anos começou a aprender a tocar violão com o pai. Sempre viveu da música, seu ofício e paixão.

A música de Ceumar é pura, viva, encantada. Nos shows acontece a magia, a entrega e a comunhão do público com aquela que dá voz e conta /canta as histórias do mundo. Histórias de liberdade, de busca, de verdades, de amor e de saudade. Coisas que ela gosta de compartilhar, porque assim realiza sua prórpia busca , sua maneira de ser no planeta. “ Ceumar parece coisa que não existe” , escreveu o jornalista Pedro Alexandre Sanches na primeira resenha em jornal , em 1999, no lançamento do primeiro cd – DINDINHA.

Tem 6 albuns gravados e uma experiência de 5 anos morando e cantando na Holanda entre shows internacionais. Está de volta ao Brasil desde 2016.


Déa Trancoso

Déa TrancosoCantora, compositora e escritora. Em 2001, fundou o selo TUM TUM TUM Discos. Possui 3 cds: “Tum Tum Tum”, “Serendipity” e “Flor do Jequi”. Em 2008, fez sua segunda turnê: Itália, França e Portugal. Em 2009, viajou por São Luis, Curitiba, Belém, Florianópolis, Joinville e Natal, pelo CCBB, abrindo o show de Egberto Gismonti.

Em 2011, viajou à Espanha pelo Programa Música Minas. Em 2012, fez sua terceira turnê: Inglaterra, Bélgica, Holanda, França e Espanha pelo Programa Espírito Mundo/Ministério das Relações Exteriores. Participa de duas coletâneas pela Warner Music, lançadas no Brasil, Europa, Japão e EUA, junto com Mônica Salmaso e Milton Nascimento. Foi indicada duas vezes ao Prêmio da Música Brasileira (2007/2013), concorrendo com Maria Bethânia, Chico Buarque e Elba Ramalho. Déa Trancoso já foi gravada por Ná Ozzetti, Mônica Salmaso (SP), Gonzaga Leal (PE), Isabel Nogueira (PR) e Caro Ladeira (SP). É parceira de Chico César, Ceumar, Badi Assad e Sérgio Santos.

Atualmente, prepara o lançamento de seu quinto disco e de seu primeiro livro: Líricas Breves Para a Construção de Uma Alma e Monja Lib, a Mulher que Vomitava Desertos, respectivamente. O disco é uma ode à voz humana e conta com as participações especiais de Egberto Gismonti, Mônica Salmaso, Ná Ozzetti, Titane, Ceumar, Sérgio Santos, Pedro Morais, Raquel Coutinho, Pereira da Viola, Wilson Dias, Letícia Bertelli, Kristoff Silva, Mariana Nunes, Sofia Cupertino, Julio César Marques. Déa Trancoso é jornalista pela PUC Minas e Mestranda em Estudos Rurais pela UFVJM.